Eu já cansei!
Tantas desculpas foram ditas
Atravessando esses anos
Que nos fazem esperar
Por trás do pano, às escondidas
Toda a trama e alguns planos
Nunca vão se revelar
Entra ano e sai ano
E continua sempre tudo tão igual
Tão desigual
Tão desigual
Conspirações fazem parecer normal
E não me venha com aquela conversa fiada de sempre
Que faz com que a gente não veja que algo de errado
Está pra acontecer
Está aí pra quem quer ver
Repetições, desilusões
São tantas frustrações
Mas agora eu sei
Bem pra todos vale o esforço
A opressão é o castigo pra quem
Insiste em se esconder
Disposto a qualquer sacrifício
Exigindo o impossível
Nossa parte vamos fazer
Contestando, protestando
Contra a realidade que eles julgam ser banal
Tão desigual
Tão desigual
Tapa na cara de um povo em desespero
Que não suporta mais mentira
Quer ter o que é seu sem precisar lutar
Pelo pão de cada dia
Nem passar fome, nem se humilhar
Entra ano e sai ano
E eu me canso de escutar cada vez mais
Sempre iguais
Desculpas tais
São como tapa na cara de um povo em desespero
Que não suporta mais mentira
Quer ter o que é seu sem precisar lutar
Pelo pão de cada dia
Nem passar fome, nem se humilhar